O mundo
acontecendo lá fora, e eu aqui nu de emoções.
Queria muito
vestir meu Coração De Amarelo E Verde,
Pintar o meu
rosto com as cores da bandeira.
Sair na porta
de casa torcendo e gritando gol...
Comemorar com
os vizinhos,
Soltar
foguetes, exaltar o que fazemos de melhor,
O jeito
alegre e brasileiro de ser.
Mas, não
consigo.
Gritar, eu
grito.
Torcer, eu
torço.
Porém, não
vou sentir orgulho,
Em ver tanta
gente que já perdeu o jogo
Antes mesmo
da copa começar.
Tudo isso daria um belo roteiro
Contendo
drama, suspense e um falso amor.
Seria
engraçado se não fosse cômico.
“[...]
Gigante pela própria natureza
És belo, és forte, impávido colosso
[...]
E o teu futuro espelha essa grandeza
Dos filhos deste solo és mãe gentil
Dos filhos deste solo és mãe gentil
Pátria amada Brasil! [...]”
Então me diz:
De que me adianta o sol brilhar de janeiro a janeiro,
Ser tudo tão
maravilho,
E a igualdade
ser tão desigual
Que grita de
forma tão desmedida
Que amordaçam
nossas bocas,
Para nos sufocarmos com a nossa própria voz.
Sendo assim,
irei perguntar antes que minhas palavras
Morram em
meus lábios.
Se muitos
comem pouco,
Enquanto
poucos absorve tudo.
Será que algo
não está errado?
Ou será que o
errado sou eu?
“Terra
adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil
Ó Pátria amada! ”
Da Hora
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